terça-feira, 19 de julho de 2011

A PRIMEIRA HISTORINHA





             Todo mundo sabe quequando o tempo muda no litoral e a chuva chega,a umidade vai lá nas alturas.Hoje enquanto ouvia pelos meios de comunicação que várias partes do Estado já tinham um sol lindo,aqui em Torres ainda estávamos com um chuvisqueiro nos brindando uma dia cinzento.Mas este post não é pra falar do tempo.Eu publiquei em meu perfil no facebook algumas fotos do local onde escutei as primeiras historinhas infantis,lá nos idos de 1977 em Fazenda Souza com a Irmã Catarina,minha primeira professora.Estudava pela manhã.A didática  era outraas incluía tudo o que a dita nova didática e a pedagogia do amor incluem nos dias atuais.Pegava um toca-discos branco portátil à pilha,um disquinho de vinil colorido e lá íamos nós para o campinho que ficava nos fundos do colégio,bem próximo ao estábulo.Lá estão até hoje as castanheiras que serviam de sombra para ouvirmos a nossa historinha,após a gente podia correr na grama,subir nas mesmas castanheiras e nogueiras que ali estavam.No mês de maio em uma de minhas visitas ao meu pai que está doente,resolvi em uma manhã de domingo visitar o colégio das Irmãs novamente,pois queria conversar com a Irmã Onorabile que fez uma cirurgia em seus joelhos.Antes porém fui até o campinho.Cheguei bem devagar.Uma brisa leve fazia os galhos das castanheiras soltarem suas folhas pela proximidade do inverno e ali fiquei por longos minutos olhando e voltando no tempo.Me emocionei em silêncio.
Pensei em como a vida passa rápido.Lembrei que ali mesmo naquela escola meu pai lecionara durante longos anos.Fazia dois turnos.Pela manhã aulas normais e a tarde ensinava ofícios manuais para internas da FEBEM que eram cuidadas pelas Irmãs Murialdinas de São José.Não tem como não emocionar-se.As castanheiras estão no mesmo lugar,envelhecidas pelo tempo.Toquei cuidadosamente seus troncos como se lembrasse dos galhos preferidos para sentar enquanto ouvia a professora dar seus ensinamentos.
Realmente educar/ensinar é marcar.Eu fui marcado e faço isso com minha filha também,quando não me canso de repetir que a EDUCAÇÃO E O RESPEITO abrem portas em todo o planete,independente da condição financeira.Sou exemplo disso pois meu pai foi professor estadual.Fui criado em um ambiente simples,nunca faltou nada,nada.Cresci com famíilia,almoço nos avós aos domingos,o pai ajudando meus avós na roça nas férias,lenha pra ser rachada no inverno,cheiro de terra molhada pela chuva e muuuuito respeito aos mais velhos e ao próximo.
A EDUCAÇÃO É TUDO,sempre vai ser.QUEM AÍ NÃO LEMBRA DE SUA PRIMEIRA PROFESSORA OU PROFESSOR?IMPOSSÍVEL.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

UTOPIA...NÃO VIVO SEM ELA

Este post nasce de um comentário de uma rica pessoa que a vida me trouxe.Foi minha PROFESSORA,isso mesmo com letra maiúscula em minha Pós Graduação pela Universidade Federal de Rio Grande em Direitos Humanos,Débora Sotter.Encontramos com raridades de momentos pessoas que sempre nos dizem algo que nos toca profundamente.Parecem ter uma sintonia peculiar,um conhecimento sobre o "ser" gente.Falam,deixam recados e sempre que a gente lê,é tocado.Essa gente é a Profe Débora,cheia de luz,ideais,sonhos,alegrias,vidaaaaa....e muita utopia..

O comentário que ela me deixou é conhecido mas sempre atual,então vou dividir com meus queridos que me seguem aqui e no face.

"A utopia está lá no horizonte.Me aproximo dois passos,ela se afasta dois passos.Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.Por mais que eu caminhe,jamais alcançarei.Para que serve a utopia?Serve para isso:PARA QUE EU NÃO DEIXE DE CAMINHAR."
Eduardo Galeano

Beijão Prof.Débora